terça-feira, 1 de fevereiro de 2011


                 o fim [...]

dias tristes, sem cores, sem sorrisos, dias sem vida. Dias em que a maldade anda sempre por perto, dias onde a verdade torna-se o avesso. pássaros que deveriam estar felizes por não estarem presos em uma gaiola, ficaram afônicos com tamanha imprudência do ser humano. queria explicar pra todo mundo o que está acontecendo comigo, dividir a minha dor, a minha angústia. mas não consigo, é mais forte que eu. será que sou responsável por aquilo que cativo? Será que estou apenas tendo um pesadelo? sinto meus tornozelos presos a uma corrente. Fiquei por muito tempo incrédulo com o que estava acontecendo, porém, acabei aceitando. a manhã e a noite já não fazem mais diferença em minha vida, tudo é preto e branco. arrependo-me amargamente por ter tomado decisões que foram determinantes para esta vida que tenho agora. Não escutei as pessoas que mais me amavam, não escutei o meu coração. e hoje estou aqui, sem nenhuma perspectiva de sair deste pesadelo, continuo dormindo há muito tempo. talvez um dia alguém me acorde, talvez um dia eu sinta você aqui comigo, talvez um dia eu sinta a essência do que é a morte.
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